DOENÇAS DO ESTÔMAGO
GASTRITE
A gastrite é uma inflamação na mucosa estomacal provocada, principalmente, por uma contaminação pela bactéria Helicobacter pylori. Ela causa grande desequilíbrio no pH gástrico, gerando dor e desconforto. O problema pode ser agravado por má alimentação, tabagismo e consumo excessivo de álcool e medicamentos. Existem, ainda, os casos de gastrite atrófica (crônica), nos quais o paciente tem predisposição para a doença.
A Helicobacter Pylori é uma bactéria comumente encontrada no estômago que infecta o órgão, geralmente, na infância, podendo levar ao desenvolvimento de doenças como gastrite e úlcera péptica. O H. Pylori está presente em cerca de 70% da população brasileira em idade adulta.
INTOLERÂNCIA À LACTOSE
A intolerância à lactose é a dificuldade na digestão do leite e seus derivados, ocasionando sintomas e impactos na qualidade de vida, condição que pode ocorrer em razão de questões genéticas ou infecções intestinais.
A falta de lactase para promover a digestão do leite pode ocorrer desde o nascimento, ou seja, congênita, mas eventualmente pode também ocorrer temporariamente após uma infecção intestinal.
DOENÇA CELÍACA (intolerância ao glúten)
Trata-se de uma doença autoimune que acomete o intestino delgado desencadeada pela ingestão de glúten em pessoas geneticamente pré-dispostas.
Ocorre a aceleração do trânsito intestinal desencadeada por vários alimentos, dentre eles, o trigo, cevada, aveia, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, pães, bolos, biscoitos, doces, entre outros. Entre os sintomas diretos do sistema digestivo, observa-se distensão abdominal, e sintomas que o extrapolam, como queda de cabelo, coceiras na pele e cansaço após o consumo de alimentos que contêm glúten.
DOENÇA ULCEROSA (úlceras esofágica, gástrica e duodenal)
A úlcera é uma ferida que ocorre nos mais diferentes tecidos do organismo. Quando é causada pelo próprio ácido produzido no estômago, é chamada de úlcera péptica – podendo ser úlcera gástrica (no estômago) ou úlcera duodenal (no duodeno, que é o início do intestino).
São úlceras benignas, mas em uma úlcera crônica pode desenvolver câncer.
Tem como causa a agressão da mucosa gástrica (parte interna da parede) pelo ácido, devido ao aumento de sua produção, ou por diminuição dos fatores de proteção da mucosa. Esse desequilíbrio entre ácido e proteção pode ocorrer por erros alimentares, como o consumo excessivo de alimentos, tanto em quantidade como em qualidade (refrigerantes, condimentos, etc.), cigarros, bebidas alcoólicas, café, chá preto; medicamentos como ácido acetilsalicílico e antiinflamatórios.
O sintoma mais comum é a queimação ou dor em aperto na “boca do estômago”. Essa dor aparece após a alimentação no caso da úlcera gástrica, e melhora após alimentação se for úlcera duodenal. Não é raro acordar de madrugada com dor de estômago (essa dor costuma melhorar com ingestão de leite ou antiácidos).
GASTROENTERITE EOSINOFÍLICA
Uma condição rara que pode ser confundida com uma alergia alimentar devido à sua tendência a causar náusea, vômito, dor abdominal ou diarréia. Pessoas com gastroenterite eosinofílica têm um alto nível de eosinófilos, um tipo de glóbulo branco, no trato gastrointestinal e na corrente sanguínea. Às vezes, a condição é localizada no esôfago (esofagite eosinofílica) ou no cólon (colite eosinofílica).
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
A hemorragia digestiva alta é uma causa comum de admissão hospitalar. É definida como o sangramento originário proximalmente, isto é, no esôfago, estômago ou duodeno.
As causas mais comuns de hemorragia digestiva alta são: Úlcera péptica, lesão aguda da mucosa gastroduodenal, varizes de esôfago, e laceração da transição esofagogástrica em casos de vômitos incoercíveis (síndrome de Mallory-Weiss).
Os principais achados clínicos são hematêmese, melena e enterorragia. A hematêmese é definida como vômitos de sangue vivo, geralmente em grande volume. Melena é caracterizada por fezes enegrecidas, pastosas e de odor fétido e o sangramento volumoso pode também se exteriorizar como enterorragia. Ao exame físico, palidez cutâneo-mucosa, hipotensão e taquicardia são sinais que se correlacionam com a magnitude da perda sanguínea.
CÂNCER NO ESTÔMAGO
O câncer no estômago é um dos tipos de câncer mais frequentes em homens e mulheres. Pode tanto surgir sozinho como a partir da evolução de outras doenças estomacais, como a gastrite e a úlcera.
Na maioria dos casos, ocorre uma leitura errada do DNA, fazendo com que as células do estômago se multipliquem exageradamente. O tratamento, geralmente, é feito com quimioterapia e cirurgia para a remoção do tumor.